sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Nesta edição do jornal Leia Sempre Brasil trazemos para nossos leitores e leitoras notícias variadas, a coluna Panorama Político, a coluna Nordestinados a Ler da escritora Luciana Bessa, dicas de leituras, notícias da política do Cariri e do Ceará, matérias sobre cinema, cultura,  economia e  outras infromações. 

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As lições do filme Guerra Civil: é hora de tolerância, diálogo e democracia para as coisas não desandarem

 



O filme Guerra Civil é curto e grosso e não enrola. Estamos diante de uma ampla guerra civil nos Estados Unidos, um país que fica dividido com um presidente que deu golpe e estados como Califórnia e Texas se uniram contra o golpismo presidencial. Um país devastado pela intolerância.

Mas o filme não nos revela os bastidores, o golpe, a resistência, como ficam os outros estados e os grupos políticos. O filme foca na ação de um grupo de jornalistas que cobre esse trágico momento americano.

Feito em um momento em que o extremismo de direita nos Estados Unidos e no mundo cresce com líderes fundamentalistas e extremistas como Donald Trump, Bolsonaro e Javier Milei, nada é inverossímil, e nos leva a uma questão: precisamos ter muito cuidado com o que fazemos na política e com o tipo de consentimento de damos para extremistas. E isso é perigoso. E isso leva, por exemplo, a maior economia do mundo ao colapso e nos mostra que temos que ter cuidado.

E sabemos que uma coisa: o fascismo é a pior coisa do mundo e precisamos nos posicionar sobre isso. O filme Guerra Civil lida com essas e outras questões e mostra uma guerra dentro dos Estados Unidos, revelando um pais devastado após um golpe dado  por um presidente extremista.

O sonho americano foi para o espaço. As pessoas convivem com isso de variadas formas. Há os que gostam, os que se envolvem, aqueles que fingem não querer saber de nada e os que simplesmente jogam todo seu rancor e ódio contra o outro e ainda aqueles que escolhem amigos e inimigos dependendo da forma como o outro pensa.

O filme Guerra Civil não se assume como um filme de guerra, mas pode ser o road movie com um drama e com um diretor que não explica muita coisa. Você foca a ação no trajeto dos protagonistas de uma cidade para outra até chegar em Washington onde a devastação é total e o exército que tem ordens de assassinar o presidente.

Uma película que nos lembra que a tolerância, a democracia, o diálogo, o respeito às instituições e a luta contra o fascismo e toda forma de extremismo e fundamentalismo deve ser um luminar na sociedade atual.

O filme nos revela as boas atuações de Wagner Moura e Kirsten Dunst, além da jovem Cailee Spaeny e do veterano Stephen Henderson. A direção de Alex Garlan nos deixa um filme primoroso, bom para assistir, se divertir e acima de tudo refletir sobre o momento atual. E isso, muitas vezes o cinema faz com maestria.



Cabelos brancos. Por Frei Betto

 

Participei em Belo Horizonte, no início de abril, do 12º encontro nacional do Movimento Fé e Política. Quase duas mil pessoas. Ao contrário dos encontros anteriores à pandemia, poucos jovens. A maioria de cabelos brancos ou tingidos.

Minha geração envelhece. Chego este ano aos 80. Nossas ideias, propostas e utopias, também envelhecem?

É muito preocupante constatar que as forças progressistas não logram renovar seus quadros. Para vice de Boulos, na disputa pela prefeitura de São Paulo, em outubro próximo, o PT precisou importar uma mulher filiada a outro partido: Marta Suplicy, que fará 80 anos em março de 2025.

No Rio, o PT parece não ter quem indicar para possível vice na chapa do prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição. Tende a importar Anielle Franco, do PSOL.

Tenho proferido conferências pelo Brasil afora e assessorado movimentos populares. Os cabelos brancos predominam na plateia. As poucas manifestações públicas convocadas pela esquerda reúnem número inexpressivo de pessoas e, em geral, a turma dos cabelos brancos.

Nós, da esquerda, estamos acuados. Como diz a canção de Belchior, “minha dor é perceber / que apesar de termos feito / tudo, tudo, tudo, tudo que fizemos / ainda somos os mesmos e vivemos (…) como os nossos pais”. “Nossos ídolos ainda são os mesmos”. E não vemos que “o novo sempre vem”.

A queda do Muro de Berlim abalou as nossas esperanças em um mundo onde todos teriam a sua existência dignamente assegurada. E o capitalismo, gato de sete fôlegos, inovou-se pelos avanços da ciência e da tecnologia e, sobretudo, do neoliberalismo.

Primeiro, a privatização do patrimônio público; em seguida, das instituições sociais, reduzidas a duas por Margaret Tchatcher: o Estado e a família. E, por fim, o cidadão foi despido de seu manto aristotélico e condenado a ser mero consumista, inclusive de si mesmo ao passar horas a se mirar no espelho narcísico das redes digitais.

Há uma progressiva despolitização da sociedade. A direita é como uma maré que sobe e ameaça afogar o que nos resta de democracia liberal. Basta dizer que um dos três programas de maior audiência da TV Globo e, portanto, de faturamento, é o BBB, que bem espelha os tempos em que vivemos: ali são explícitas as regras do sistema capitalista. O único objetivo é competir. Todos sabem que, ao final, apenas uma pessoa haverá de amealhar o pote de ouro. E a missão dos concorrentes é cada um fazer tudo para que seus pares sejam eliminados. É o que milhões de adolescentes aprendem ao perder horas assistindo àquele simulacro de “O anjo exterminador”, de Buñuel.

Na esquerda “ainda somos os mesmos”. Não semeamos a safra de novos militantes com medo de que eles se destacassem e ocupassem as nossas instâncias de poder. Abandonamos as favelas, as zonas rurais de pobreza, os movimentos de bairros. E não aprendemos a atuar nas trincheiras digitais, monopolizadas pela direita como armas virtuais da ascensão neofascista.

Não sabemos como reagir diante do fundamentalismo religioso que mobiliza multidões, abastece urnas, elege inclusive bandidos notórios. Fundamentalismo que apaga as desigualdades sociais e as contradições de classe e ressalta que tudo se reduz à disputa entre Deus e o diabo. Todo sofrimento decorre do pecado. Eliminado o pecado, irrompe a prosperidade, que empodera e favorece o domínio: a confessionalização das instituições públicas; a deslaicização do Estado; a neocristandade que condena à fogueira da difamação e do cancelamento todos que não abraçam “a moral e os bons costumes” dos que clamam contra o aborto e homenageiam torturadores e milicianos assassinos.

Precisamos fazer autocrítica, rever nossas ideias, ter a coragem de abrir espaços às novas gerações e reinventar o futuro. Nossos cabelos brancos denunciam o inverno que nos acomete. É hora de uma nova e florida primavera!

Frei Betto é escritor, autor de “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros.

 



Filme Coronel Delmiro Gouveia nos revela a vida do cearense que fez história e foi pioneiro na industrialização do Brasil

 


Baseado em história real, o filme Coronel Delmiro Gouveia conta a saga de Delmiro Gouveia, pioneiro da industrialização do Brasil, que foi perseguido e assassinado por se recusar a vender suas empresas a companhias inglesas no fim do século XIX e início do XX.  

O filme é de 1977 com direção de Geraldo Sarno. O personagem, interpretado pelo ator Rubens de Falco, é mostrado como um ousado e humanista empreendedor que enfrenta o poder dos coronéis e dos trustes internacionais.

Nascido em Ipu (Ceará) filho da pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia com o cearense Delmiro Porfírio de Farias. Sua família transferiu-se em 1868 para o estado de Pernambuco e mudou-se para o Recife em 1872.

Com a morte de sua mãe teve que começar a trabalhar aos 15 anos de idade, em 1878, inicialmente como cobrador da Brazilian Street Railways Company no trem urbano, denominado maxambomba. Posteriormente chegou a Chefe da Estação de Caxangá, no Recife. Foi despachante em armazém de algodão.

Em 1883 foi ao interior de Pernambuco, interessado no comércio de peles de cabras e de ovelhas, que passou a negociar, tendo obtido grande sucesso. Em 1886 estabeleceu-se no ramo de couros e passou a trabalhar, por comissão, para o imigrante sueco Herman Theodor Lundgren (Casas Pernambucanas) e para outras empresas especializadas nesse comércio, como a Levy & Cia. Trabalhava também por conta própria. Em 1896 fundou a empresa Delmiro Gouveia & Cia e passou a alijar seus concorrentes do mercado, empregando os melhores funcionários das empresas concorrentes.

Construiu a segunda hidrelétrica do Brasil, uma usina com potência de 1 500 HP, na queda de Angiquinho, uma cachoeira em Paulo Afonso. "Ele exportava peles de bode para a moda de Nova Iorque um século antes de se ouvir falar por aqui no tal do mundo 'fashion'",  diz um artigo. Em 1899 inaugurou em Recife o primeiro shopping center do Brasil, o Derby, um centro comercial e de lazer com mercado, hotel, cassino, velódromo, parque de diversões e loteamento residencial. Em 1914 fundou a Companhia Agro Fabril Mercantil, a primeira na América do Sul a fabricar linhas para costura e fios para malharia. Após seu assassinato - até hoje não bem esclarecido - o maquinário original da Companhia Agro Fabril Mercantil foi atirado em um penhasco do rio São Francisco pelo grupo escocês Machine Cotton que comprou a empresa de seus sucessores, para destruí-la, livrando-se assim da sua concorrência no ramo.

 

CRONOLOGIA DE DELMIRO

·         1863 – Nasce Delmiro, no Distrito de Santo Izidro, Ipu.

·         1868 – Transferência para Pernambuco

·         1883 – Compra e exportação de peles

·         1886 – Ramo de couros

·         1896 – Casa Delmiro Gouveia e Cia

·         1898 – Construção do mercado modelo no Derby (Recife)

·         1903 – Escolhe a vila da Pedra (280 km de Maceió, capital de Alagoas), atual Delmiro Gouveia.

·         1910 – Aproveitamento da cachoeira de Paulo Afonso

·         1912 – Cia Agro Fabril Mercantil e construção da Vila Operária Padrão

·         1913 – Energia hidrelétrica da queda de Angiquinho, Cachoeira em Paulo Afonso.

·         1914 – Fabrica Estrela de linhas para costura

·         1917 – Morre assassinado aos 54 anos.



Dinah Moraes retorna aos palcos com o espetáculo inédito “A COMUNIDADE – O Sertão vai virar mar”


 A renomada humorista e youtuber Dinah Moraes está pronta para levar o público a uma viagem hilariante contanto a história do projeto que conquistou corações em todo o país. “A COMUNIDADE – O Sertão vai virar mar” é um espetáculo único, onde Dinah Moraes e elenco compartilham, de maneira divertida e emocionante, a história fascinante por trás da criação do projeto.

Situado no cenário da inundação da cidade de Jaguaribara, que se tornou a primeira cidade projetada do estado do Ceará, “A COMUNIDADE” não só promete arrancar gargalhadas da plateia, mas também aborda de forma sensível e tocante a despedida dos moradores da cidade que foi submersa pelo açude do Castanhão. Com uma mistura habilidosa de humor e emoção, Dinah Moraes conduzirá o público por uma jornada envolvente, explorando as nuances da vida na comunidade e os desafios enfrentados pelos seus habitantes diante da inundação iminente.

Dinah Moraes, com seu humor único e cativante, conquistou milhões de seguidores em suas plataformas online. Seus vídeos, conhecidos por abordar a vida cotidiana de maneira divertida, serviram de inspiração para a criação de “A COMUNIDADE”. Com sua presença magnética e talento inegável, Dinah promete uma noite de risos ininterruptos e reflexões sobre a jornada de criar algo extraordinário.

Serviço:

Data: 14 de julho, às 19h
Local: Teatro RioMar Fortaleza
R. Des. Lauro Nogueira, 1500 – 3001 – Papicu, Fortaleza – CE, 60175-055
Ingressos: Disponíveis na bilheteria do teatro e no link https://uhuu.com/evento/ce/fortaleza/dinah-moraes-a-comunidade-o-sertao-vai-virar-mar-13020

Siga Dinah Moraes nas redes sociais:
Instagram: @dinahmoraesof
YouTube: youtube.com/dinahmoraes

Coluna Panorama Político com os bastidores da política. Por Tarso Araújo

 


COLUNA PANORAMA POLÍTICO

POR TARSO ARAÚJO

ACELERANDO AS BATERIAS



O vereador Márcio Jóias (PRD) abrindo as baterias contra a administração do prefeito Glêdson Bezerra (Podemos). Em vídeo nas redes sociais chamou o governo juazeirense atual de piada e listou várias promessas feitas por Gledson que não foram cumpridas (e pelo jeito nem serão) pela atual gestão que tem em sua marca no conflito. Por falar em conflito não pegou bem para a gestão Gledson o imbróglio entre Márcio Jóias e Cláudio Luz, atual secretário de segurança da prefeitura de Juazeiro do Norte.

E O RESTAURANTE POPULAR?

Por falar nas promessas feitas por Glêdson Bezerra e não cumpridas está o restaurante popular de Juazeiro do Norte. Na verdade, o prefeito sequer abriu o restaurante popular de Jauzeiro que fechou em 2022 e até agora continua fechando sem oferecer alimentação a preço de custo para famílias e pessoas de baixa renda. O prefeito Glêdson em sua gestão abandonou a área social da cidade.

PROJETOS PARA SALITRE


O vereador Silvio Pinto esteve nesta semana em Brasília e visitou o MEC quando se encontrou com o Ministro da Educação Camilo Santana. Na pauta do encontro projetos para a cidade de Salitre. Silvio Pinto tem amizade de longa data e apoio importante à Camilo Santana.

CRÍTICAS À ENEL


O deputado estadual Fernando Santana (PT) concedeu entrevista e falou do desserviço que a Enel vem praticando no estado do Ceará. O parlamentar destacou que a Enel aumenta tarifas sem diálogo com a população, não atende bem o povo cearense e não fez os investimentos necessários para a execução de bons serviços. O resultado disso a população cearense já vem sofrendo na pele faz tempo.

ABUSO DE AUTORIDADE

O prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) em breve deve ser notificado de uma decisão da Câmara Municipal solicitando o afastamento do secretário de Segurança Pública, policial federal aposentado Cláudio Luz. A decisão foi tomada em votação no legislativo juazeirense e teve apenas três vereadores contrários. Cláudio Luz tem sido acusado de abuso de autoridade.

MISSÃO VELHA

Uma notícia nada boa para o ex-prefeito de Missão Velha Diego Feitosa. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) emitiu parecer prévio pela irregularidade das contas de gestão do ex-prefeito referente ao exercício financeiro de 2017. O parecer foi deliberado em sessão do Pleno do tribunal que recomenda a desaprovação das contas de Feitosa. A decisão foi por unanimidade.

CONTRA O CAMBISMO

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana um projeto de lei que cria novas penalidades contra o cambismo. A proposta ainda vai para o senado e o texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE). Uma das mudanças é que o ingresso deverá conter a data da compra e o seu valor final, incluindo eventuais taxas, quando aplicáveis.

PURO SUCO DE BOLSONARISMO

Em Brasília não se fala em outra cosia senão a cassação ou prisão de Carla Zambelli. Ela é acusada de ser a autora intelectual do ataque hacker contra o judiciário brasileiro. Quem diz isso é a PGR ao apresentar denúncia contra a congressista. Essa deputada bolsonarista que quase atira em um jornalista nas vésperas das eleições de 2022 e ainda está solta é acusada de arregimentar um hacker para invadir os sistemas eletrônicos do judiciário em troca de benefícios pelo serviço sujo.

CONCURSO EM NOVA OLINDA

O prefeito de Nova Olinda o médico Ítalo Brito assinou nesta semana um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) junto ao Ministério Público para a realização de um concurso público para prover cargos na máquina administrativa.  De acordo com o documento, o edital deverá ser lançado no dia 18 de junho. A prefeitura não deverá incluir no edital qualquer regra que beneficie os atuais servidores contratados temporariamente ou residentes no município ou realizar procedimento subjetivo de análise dos candidatos.

QUASE LÁ



A expectativa em Juazeiro do Norte neste final de abril e começo de maio gira em torno se o Tribunal Regional Eleitoral irá conseguir os 200.284 eleitores registrados e necessários para que já a partir destas eleições Juazeiro do Norte seja a terceira cidade do Ceará a ter segundo turno em suas eleições municipais. Faltam menos de 4 mil inscritos e o TRE continua seu trabalho de ter mais eleitores aptos até 8 de maio.

É preciso saber celebrar. Por Luciana Bessa

 


COLUNA NORDESTINADOS A LER

POR LUCIANA BESSA


Abril começou com o dia da mentira (1) e vai finalizando com o dia da verdade: meu aniversário (27), momento de celebração. Pelo quê? Por estar viva, por gozar de saúde física e mental em uma sociedade que cultua a aparência e deixa em segundo plano a essência.

Por ter disposição para correr atrás dos sonhos que ainda não realizei e agradecer por aqueles conquistados. Por ter adquirido a maturidade de compreender que nem tudo são flores nessa vida, mas que os espinhos são capazes de nos fortalecer para que continuemos caminhando.  A tristeza, assim como a alegria, é momentânea; que independemente do sol, ou da chuva, é preciso lutar pelo que acreditamos.

Por ter acesso aos livros, um bem de consumo caro em nossos tempos. Eles me permitem conhecer pessoas e narrativas que eu jamais suporia existirem; além de criar expectativas de vivenciar situações da ficção, afinal, a vida não imita arte?

Por há tempos ter saído da caverna e conviver com luzes e sombras que permitem me conhecer, me libertar de preconceitos, me tornar aberta ao novo. Por viver em uma era dominada pelas novas tecnologias, em que praticamente todo mundo arrota felicidade, mas não me permitir ser governada por elas.

A demanda pela perfeição e pela produtividade são tão grandes que impedem muitos de conquistarem aquilo que almejam. A perfeição é um mito criado pela humanidade com o propósito de nos encastelar em uma torre de marfim, assim como fizeram com os poetas parnasianos. Presos a essa crença, passamos o resto dos nossos dias cansados e combalidos por não conseguirmos dar o match entre aquilo que podemos fazer e aquilo que os outros gostariam que fizéssemos.

Trata-se de um universo paralelo que impôs um novo padrão de vida, de beleza, de inteligência e de relações sociais. Na ânsia de super valorizar o outro e aquilo que ele tem, nos tornamos o “patinho feio” dessa narrativa. Por isso celebro minhas imperfeições, a capacidade de lidar e aprender com elas todo santo dia.

Aprendi com Guimarães Rosa que o correr da vida embrulha tudo e, que, às vezes, tumultua, tranquiliza, pressiona daqui, acalma dacolá. Mas uma coisa ela quer da gente: coragem. Para quê? Para viver o propósito: dos encontros e desencontros; dos acertos e dos erros; das chegadas e das partidas; de saber dizer sim, mas aprender o momento de dizer não; dos muitos dias de lutas e dos poucos de glória; de compreender que algumas pessoas ficarão no meio do caminho pelo simples fato de que não compactuarem mais dos mesmos ideais.

É preciso saber celebrar a não perfeição, a lidar com as pedras no caminho, a ficar quieta no meu canto, porque há lutas que não são minhas, a ser exposta mesmo querendo ficar resguardada, a ter a família sempre do lado esquerdo do peito, mesmo com 530km de distância; a procurar pelo silêncio que aquieta o espírito e pela solidão que aquece a alma.



Agenda Cultural para você se divertir neste final de semana!!!



SABERES SONOROS

Nesta sexta-feira 26 de abril o Terreiro das Artes do Centro Cultural do Cariri será preenchido com o som e a energia da cultura popular. O show “Saberes Sonoros” reunirá no palco os mestres Antônio e Raimundo, do Reisado dos Irmãos, Mestre Dodô do Reisado São Francisco, Mestre Aldenir do Reisado Reis de Congo e Mestra Marinez do Coco Frei Damião. E o evento é ainda mais especial: o lançamento do álbum “Reis de Congo – Mestre Aldenir 90 anos”, nono álbum da coletânea Saberes Sonoros, acontecerá na mesma oportunidade. O show Saberes Sonoros começa às 18h30min.
FEIRA MIRARTE    

A Feira Mirarte Caldas de produtos Orgânicos e Artesanais vem ganhando cada vez mais espaço em eventos e demais equipamentos da região do Cariri. De iniciativa do Complexo Ambiental Mirante do Caldas a feira estará, nos dias 26 e 27 de abril, das 17h às 21h, no aniversário de dois anos do Centro Cultural do Cariri, localizado no município do Crato.

BANDA RETROVOX

Nesta sexta-feira 26 de abril tem a Banda Retrovox no Raul Rock Bar em Juazeiro do Norte. O evento Bem Brasil Junto e Misturado com música começando às 2 2horas.

FESTIVAL BORA

Nesta sexta-feira 26 de abril tem o Festival Bora no Cangaço Bar em Juazeiro do Norte. O festival é uma iniciativa que reúne um conjunto de cinco trabalhos musicais, autorais, com influências e estéticas diferentes. Nesta sexta, 26, tem apresentação de das bandas Algarobas, Cômodo Marfim e Zeptep. A entrada é grátis e a música começa às 22 horas.

O CASAMENTO DOS FALECIDOS

Nesta sexta-feira, dia 26, às 18h30 teremos o espetáculo A Casatória c’a Dead, que conta de forma lúdica e divertida as travessuras de quem já deixou essa vida por uma vida melhor e de quem ainda respira por esses ares. É a história do temível afraniano, que está prestes a casar com a romântica Maria Flor, mas acidentalmente se casa com a fantasmagórica Moça de Branco, que o leva para o seu mundo. Lá, o jovem fará amigos valiosos e aprenderá uma grande lição, mas está disposto a não desistir do seu verdadeiro amor, mesmo que isso lhe custe a própria vida. O casamento dos falecidos é nesta sexta-feira dia 26 às 18h30min no Teatro do CCBNB-Cariri.

ARCO DA VELHA

Neste sábado dia 27 de abril tem o Arco da Velha no Cangaço Bar em Juazeiro do Norte. Vem acompanhar aquelas músicas velhinhas mas que ninguém esquece ou deixa de amar. A música começa ás 19 horas.

NORDESTE ORQUESTRADO

 

Com Luiz Fidélis e Ranier Oliveira em parceria com a Orquestra Solibel Jovem da Vila da Música Monsenhor Ágio Augusto Moreira, o Nordeste Orquestrado é fruto da aproximação dos artistas Luiz Fidelis e Ranier Oliveira em parceria com a Orquestra Solibel Jovem da Vila da Música Mons. Ágio Augusto Moreira. O show-espetáculo traz em sua essência o trabalho concebido e produzido durante anos pelo músico caririense Luiz Fidelis, que retrata a vida, paisagens e acontecimentos do cotidiano no Nordeste brasileiro. Será neste sábado 27/4 às 19horas no  Terreiro das Artes no Centro Cultural do Cariri em Crato.

PRIMEIRO ANDAR

Neste sábado 27 de abril tem homenagem ao Los Hermanos no Raul Rock Bar em Juazeiro do Norte. A música começa às 22h30min com a Banda Primeiro Andar.

CONTOS DO MUNDO

Neste sábado, 27, às 18h, teremos a apresentação “Canções Daqui Contos do Mundo”, um espetáculo para sonhadores. 💭 🤩🗣️ Ao longo do caminho as pessoas colecionam pedras, figurinhas, livros, tem gente que coleciona até lápis quebrado. Maria e seus amigos aviadores colecionam histórias! Ela aprendeu desde pequena que as histórias têm vida própria, voam no vento e escolhem um coração para aquecer.

🤗Vai ser uma experiência fantástica!

📌PROGRAME-SE
Canções daqui contos do mundo
Dia 27, sábado, às 18h
SESC- Juazeiro do Norte/CE, Rua da Matriz, Centro, Juazeiro do Norte-CE
Classificação livre

RITA & GAL

No dia 18 de maio tem homenagem em dose dupla no Cangaço Bar em Juazeiro do Norte. Fatinha Gomes e banda trazem o show Gal Fatal, uma veneração à Gal Costa, da tropicália a sua contemporaneidade. Para fechar a noite Ranny Ramos e banda trazem o Baila Comigo, um espetáculo dedicado a rainha do rock brasileiro, Rita Lee apresentando um repertório com clássicos como Lança perfume, Mania de você, Ovelha negra e muito mais.

VANESSA DA MATA

A cantora Vanessa da Mata é uma das atrações confirmadas na festa de Santo Antônio de Barbalha, dia 12 de junho. O anúncio foi feito pelo prefeito Guilherme Saraiva.

BLACK PANTERA

No dia 30 de abril teremos a apresentação das bandas Black Pantera e Eskrota no Cangaço Bar em Juazeiro do Norte. As bandas chegam juntas ao Nordeste num tour entre abril e maio de 2024. As duas bandas juntas passarão por Fortaleza, Natal, Campina Grande, Juazeiro do Norte, Sousa, João Pessoa e Recife. No Cangaço Bar se apresentam dia 30 a partir das 22h30min com entrada gratuita. O projeto no Cangaço Bar tem apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri.

PARALAMAS E BIQUINI

A força do Rock Brasil vai invadir o Cariri com o Holiday Rock!!! Na próxima terça-feira dia 30 de abril no Praiapark em Juazeiro do Norte. A Jota Rodrigues Empreendimentos, Padim Produções e Vale FM vão colocar no mesmo palco Paralamas do Sucesso e Biquini Cavadão. Bandas que iniciaram suas trajetórias nos anos 80 e até hoje contagiam os fãs do rock nacional por onde passam. Informações de ingressos individuais ou mesas Virtual Ticket, pontos autorizados ou (88) 981119999.

ISAAC CÂNDIDO

“Sobre as Asas” é o nome do novo show que o cantor e compositor cearense Isaac Cândido apresenta neste sábado, 27, às 19h, com entrada franca, no Centro Cultural Banco do Nordeste Fortaleza (Rua Conde D´Eu, 560, Centro), com músicas inéditas e numa versão intimista com voz e violões.

DICA DE FILME: GUERRA CIVIL

Dirigido pelo premiado Alex Garland (Ex Machina), o filme Guerra Civil apresenta uma mistura de ação e suspense, ambientado em um futuro não tão distante, quando uma guerra civil se instaura nos Estados Unidos. Neste cenário, uma equipe pioneira de jornalistas de guerra, onde estão Lee (Kirsten Dunst) e seu colega de trabalho Joel (Wagner Moura), viajam pelo país para registrar a dimensão e a situação de um cenário violento que tomou as ruas em uma rápida escalada, envolvendo toda a nação. No entanto, o trabalho de registro se transforma em uma guerra de sobrevivência quando eles também se tornam o alvo. O elenco conta ainda com nomes como Stephen McKinley Henderson, Jesse Plemmons e Nick Offerman. Guerra Civil já está em cartaz no Cinema do Cariri Shopping.

PLANETÁRIO MÓVEL

Até o próximo dia 28 de abril teremos um encontro especial com o Grupo de Estudos em Astronomia Zênite (GEAZ) do curso de Física da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Juntos, faremos uma viagem pelo sistema solar através de uma sessão de exibição no Planetário Móvel. Essa experiência proporciona uma simulação do céu noturno em uma cúpula portátil, promovendo estudos astronômicos e educação científica sob a orientação do Prof. Me. Tiago Barboza. A atividade é realizada por ordem de chegada, com grupos de até 30 pessoas. Essa fantástica experiencia vai acontecer no Centro Cultural do Cariri que fica na Av. Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes, Nº 01 – Gizélia Pinheiro (Batateiras), Crato – CE.

DICA DE LEITURA: A FÉ E O FUZIL

Depois de esmiuçar o mundo do crime no Rio de Janeiro em A república das milícias, Bruno Paes Manso volta com um mergulho em outra dimensão da criminalidade no Brasil. No livro “A fé e o fuzil – crime e religião no Brasil do século XXI – a lente está posta em suas relações com o crescimento das igrejas evangélicas nas últimas décadas. A partir de depoimentos de ex-criminosos que tiveram a vida transformada pelo contato com a religião, o autor desconstrói estigmas associados às novas denominações evangélicas e mostra como o crescimento desses grupos responde a anseios profundos de uma população exposta a todo tipo de violência.



terça-feira, 2 de abril de 2024

UFPR revoga títulos “doutor honoris causa” dados a presidentes da ditadura


 O Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiu cassar os títulos “doutor honoris causa” concedidos a três presidentes do Brasil durante a ditadura militar. A decisão do colegiado foi tomada nesta segunda (1), um dia depois dos 60 anos depois do golpe de 1964.

Foram 40 votos favoráveis e 3 contrários à cassação dos títulos durante sessão extraordinária do órgão. A honraria é a distinção máxima concedida por uma universidade a pessoas destacadas por seu prestígio social ou reconhecida contribuição científica, intelectual, acadêmica, cultural ou artística.

Os títulos foram concedidos a Humberto de Alencar Castelo Branco em 1964, Artur Costa e Silva em 1968 e a Ernesto Geisel em 1976, mas entregue em cerimônia no dia 16 de janeiro de 1981.

O Conselho Universitário é o órgão máximo deliberativo da UFPR e é presidido pelo reitor da instituição, Ricardo Marcelo Fonseca. O colegiado é composto por 51 membros, entre eles professores, técnicos administrativos, alunos e representantes da comunidade.

O debate sobre a revogação das honrarias começou após um ofício enviado pelo Ministério Público Federal (MPF) à UFPR. Inicialmente, a universidade disse ao órgão que não havia dado essas homenagens a protagonistas da ditadura.

O MPF fez novas cobranças e autoridades da instituição encontraram extratos de atas do Conselho Universitário que registravam a concessão das honrarias. No relatório que pediu a cassação, o reitor da universidade afirmou que ficou “surpreendido” ao descobrir as homenagens.

Publicado no site DCM

Com assassinato e fuga, Porsche vira licença para rico matar em São Paulo. Por Leonardo Sakamoto



 Por Leonardo Sakamoto

Fernando Sastre de Andrade, de 24 anos, matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na madrugada deste domingo (31), no Tatuapé, zona leste de São Paulo. A arma foi cara: um Porsche 911 Carrera, ano 2023, avaliado em R$ 1,3 milhão, que bateu em alta velocidade no Renault Sandero, causando fraturas múltiplas na vítima. E isso nem é a parte desconcertante do caso.

Dois policiais que atenderam à ocorrência permitiram que a mãe (!) de Andrade aparecesse por lá e o levasse embora para tratar de um ferimento na boca (!!). Só depois, PMs foram ao hospital para fazer o teste do bafômetro (!!!) e foram informados de que ele nunca deu entrada no local informado (!!!!). Tampouco atendeu aos telefonemas, muito menos se dignou a responder a campainha de casa (!!!!!…).

O boy que se escafedeu com a mommy é de uma família de empresários do ramo imobiliário, segundo apurou o UOL.

O caso se desenha como o puro suco do puro suco de Brasil. Imagine se ao invés de um herdeiro dirigindo um Porsche fosse um rapaz pobre, negro retinto, em um glorioso Fiat Uno que matasse alguém tirando um racha no Capão Redondo? Se a mãe do mancebo aparecesse e dissesse que iria levar o filho para botar um curativo seria fuzilada pelos agentes de segurança só com o olhar.

E sem o bafômetro, não há prova de que ele estava alcoolizado na hora do acidente, o que vai dificultar sua punição.

Sim, a tradicional carteirada foi substituída pela ostentacão da riqueza. Com ela, nem é preciso dizer: você sabe com quem está falando? Um bólido com 450 cavalos de potência já faz o serviço, o que, convenhamos, é muito mais elegante. Na cabeça desse povo, só pobre é que se justifica com subalternos.

A situação é própria de uma elite e de seus cães de guarda que acreditam que todos os “cidadãos” são iguais sim, mas não se incluem nessa categoria. Para uma parcela dos que têm mais dinheiro no bolso, as leis foram criadas para conter a massa de pobres, negros, iletrados, indígenas, os chamados “cidadãos”, e, portanto, não valem para ela. Não se veem como cidadãos, mas como donos.

O país é pensado para defender o patrimônio e os direitos dos “donos”, contendo vida e liberdades dos “cidadãos”. Tanto que a polícia de São Paulo foi um amor e super-compreensiva com os ricos enquanto fuzila sem perguntar na Baixada Santista, em operações como a Verão ou a Escudo.

Essa elite, quando colocada contra a parede, gosta de relinchar um bom “você sabe com quem está falando?”

O mesmo DNA disso estava presente nas palavras do empresário Ivan Storel, no dia 30 de maio de 2020, quando a polícia foi atender a uma denúncia de violência doméstica feita por sua esposa em um condomínio de classe alta próximo a São Paulo.

Em um vídeo gravado pelos agentes, é possível vê-lo gritando: “você é um bosta. É um merda de um PM que ganha R$ 1 mil por mês, eu ganho R$ 300 mil por mês. Quero que você se foda, seu lixo do caralho. Você não me conhece. Você pode ser macho na periferia, mas aqui você é um bosta. Aqui é Alphaville”.

Imagens do acidente. Foto: Divulgação

Frases como essas carregam séculos de nossa formação, para lembrar que na configuração social brasileira, uns falam, outros obedecem. Estão sendo vistas mais facilmente agora não por uma melhora da sociedade, mas por conta da popularização de smartphones com boas câmeras e das redes sociais e aplicativos de mensagens.

“Quem você pensa que é?”, frase menos agressiva e útil frente a algum desmando de um representante do Estado, não faz tanto sucesso por aqui. Pois não é o questionamento do uso exagerado do poder por um policial que está em jogo nesse momento de discussão, mas sim a afronta de tentar tratar um rico como se fosse um operário qualquer.

A ideia vai se adaptando conforme o ambiente e pode, agregando valores, assumir outras formas como “teu salário paga a comida do meu cachorro”, “eu conheço gente importante, sabia?”, você vai perder seu emprego, meu irmão”, “isso que dá viver em um país com essa gentinha”. É a pessoa que diz não entender o porquê de estar sendo processado na Justiça do Trabalho por jornadas de 14 horas por dia uma vez que tratava a empregada doméstica como “alguém da família”.

Políticos de extrema direita não chegam ao poder apenas por que surfaram na crise política e econômica e pelo discurso antissistema. Eles também representam e protegem a parte mais rica que acredita que o Estado existe apenas para servi-la. Sim, na visão de parte de nossa elite, a igualdade de direitos é um discurso fofo de marketing que se dobra às suas necessidades individuais.

Como já disse aqui, a desigualdade dificulta que as pessoas vejam a si mesmas e as outras pessoas como iguais e merecedoras da mesma consideração. Leva à percepção de que o poder público existe para servir aos mais abonados e controlar os mais pobres.

Ou seja, para usar a polícia e a política a fim de proteger os privilégios do primeiro grupo, usando violência contra o segundo, se necessário for. Com o tempo, a desigualdade leva à descrença nas instituições. O que ajuda a explicar o momento em que vivemos hoje.

A desigualdade social, que seria motivo de vergonha em qualquer lugar civilizado, aqui é razão de orgulho. O importante para uma parte da população, tanto a que está no topo quanto a que sonha em estar lá, não é reduzir a diferença, mas garantir que ela seja devidamente glamourizada e a ascensão social, mitificada. Assim, o indivíduo passa a não desejar justiça social coletiva, mas um lugar ao sol para si mesmo.

Ou seja, o desejo não é um país em que os donos de Porsche obedecem às mesmas regras do que os donos de Uno. O desejo é ter um Porsche.



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