sexta-feira, 26 de abril de 2024

As lições do filme Guerra Civil: é hora de tolerância, diálogo e democracia para as coisas não desandarem

 



O filme Guerra Civil é curto e grosso e não enrola. Estamos diante de uma ampla guerra civil nos Estados Unidos, um país que fica dividido com um presidente que deu golpe e estados como Califórnia e Texas se uniram contra o golpismo presidencial. Um país devastado pela intolerância.

Mas o filme não nos revela os bastidores, o golpe, a resistência, como ficam os outros estados e os grupos políticos. O filme foca na ação de um grupo de jornalistas que cobre esse trágico momento americano.

Feito em um momento em que o extremismo de direita nos Estados Unidos e no mundo cresce com líderes fundamentalistas e extremistas como Donald Trump, Bolsonaro e Javier Milei, nada é inverossímil, e nos leva a uma questão: precisamos ter muito cuidado com o que fazemos na política e com o tipo de consentimento de damos para extremistas. E isso é perigoso. E isso leva, por exemplo, a maior economia do mundo ao colapso e nos mostra que temos que ter cuidado.

E sabemos que uma coisa: o fascismo é a pior coisa do mundo e precisamos nos posicionar sobre isso. O filme Guerra Civil lida com essas e outras questões e mostra uma guerra dentro dos Estados Unidos, revelando um pais devastado após um golpe dado  por um presidente extremista.

O sonho americano foi para o espaço. As pessoas convivem com isso de variadas formas. Há os que gostam, os que se envolvem, aqueles que fingem não querer saber de nada e os que simplesmente jogam todo seu rancor e ódio contra o outro e ainda aqueles que escolhem amigos e inimigos dependendo da forma como o outro pensa.

O filme Guerra Civil não se assume como um filme de guerra, mas pode ser o road movie com um drama e com um diretor que não explica muita coisa. Você foca a ação no trajeto dos protagonistas de uma cidade para outra até chegar em Washington onde a devastação é total e o exército que tem ordens de assassinar o presidente.

Uma película que nos lembra que a tolerância, a democracia, o diálogo, o respeito às instituições e a luta contra o fascismo e toda forma de extremismo e fundamentalismo deve ser um luminar na sociedade atual.

O filme nos revela as boas atuações de Wagner Moura e Kirsten Dunst, além da jovem Cailee Spaeny e do veterano Stephen Henderson. A direção de Alex Garlan nos deixa um filme primoroso, bom para assistir, se divertir e acima de tudo refletir sobre o momento atual. E isso, muitas vezes o cinema faz com maestria.



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