sexta-feira, 21 de junho de 2024

Meninas de até 14 anos são as maiores vítimas da violência sexual no Brasil


 


Anualmente, o Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lança um relatório atualizando os dados de violência no Brasil. O trabalho é feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Como nas anteriores, busca-se retratar a violência no Brasil, principalmente, a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. São informações sobre homicídios analisadas à luz da perspectiva de gênero, raça, faixa etária, entre outras.

Um ponto a se destacar no Mapa da Violência divulgado pelo IPEA é com relação a violência sexual que atinge meninas de 10 a 14 anos. Em outras faixas etárias, agressões físicas e negligência são as violações predominantes, aponta o levantamento.

 

O levantamento aponta que 49,6% dos casos de violência contra meninas teve teor sexual e quando esse tipo de violência chega nas mulheres atinge apenas 5,4%, em mulheres entre 30 a 34 anos.

Já entre as meninas de 0 a 9 anos os registros de violência de natureza sexual atingem 30,4% dos registrados e dos 15 aos 19 anos os casos de agressão sexual chegam em 21,75% dos casos.

De qualquer forma, olhando esses números de 2022 pode-se constatar a gravidade do problema que vive o Brasil. Uma verdadeira epidemia de violações contra crianças, principalmente meninas em casos de caráter sexual.

Os números são claros, estão confirmados e servem de alerta para toda a sociedade no sentido de termos um combate esse tipo de violência e crime.

Aos números agora. Mais de 221 mil mulheres e meninas sofreram alguma forma de violência somente em 2022 e quase metade das de natureza sexual foram contra garotas de 10 a 14 anos.

No contexto da violência doméstica, que soma mais de 144,2 mil casos do total, a de natureza física corresponde à maior fatia (36,7%), seguida da múltipla violência (31%), da negligência (12%), psicológica (10,7%) e sexual (9%). 

Segundo o relatório, nesse universo doméstico e intrafamiliar, as meninas de 0 a 9 anos representam 15,2% das vítimas das várias formas de violência. Crianças e adolescentes com idade até 14 anos são 24,5%. Praticamente metade (49,9%) são mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 39 anos. As idosas, com 60 anos ou mais, correspondem 6,4% do total. Os autores são majoritariamente homens: 86,6%. 

Se esses números divulgados de forma clara não escandalizam mais nossa sociedade algo extremamente grave está acontecendo.

 

Fontes para essa matéria: Portal do IPEA, portal Vermelho e site G1

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