Anualmente, o Atlas
da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), lança um relatório atualizando os dados de violência no Brasil. O
trabalho é feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP). Como nas anteriores, busca-se retratar a violência no Brasil,
principalmente, a partir dos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade
(SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do
Ministério da Saúde. São informações sobre homicídios analisadas à luz da
perspectiva de gênero, raça, faixa etária, entre outras.
Um ponto a se destacar
no Mapa da Violência divulgado pelo IPEA é com relação a violência sexual que
atinge meninas de 10 a 14 anos. Em outras
faixas etárias, agressões físicas e negligência são as violações predominantes,
aponta o levantamento.
O levantamento aponta que 49,6% dos casos de
violência contra meninas teve teor sexual e quando esse tipo de violência chega
nas mulheres atinge apenas 5,4%, em mulheres entre 30 a 34 anos.
Já entre as meninas de 0 a 9 anos os registros
de violência de natureza sexual atingem 30,4% dos registrados e dos 15 aos 19 anos
os casos de agressão sexual chegam em 21,75% dos casos.
De qualquer forma, olhando esses números de
2022 pode-se constatar a gravidade do problema que vive o Brasil. Uma verdadeira
epidemia de violações contra crianças, principalmente meninas em casos de
caráter sexual.
Os números são claros, estão confirmados e
servem de alerta para toda a sociedade no sentido de termos um combate esse
tipo de violência e crime.
Aos números agora. Mais de 221 mil mulheres e meninas
sofreram alguma forma de violência somente em 2022 e quase metade das de
natureza sexual foram contra garotas de 10 a 14 anos.
No contexto da violência doméstica, que soma mais de 144,2 mil casos
do total, a de natureza física corresponde à maior fatia (36,7%), seguida da
múltipla violência (31%), da negligência (12%), psicológica (10,7%) e sexual
(9%).
Segundo o relatório, nesse universo doméstico e intrafamiliar, as
meninas de 0 a 9 anos representam 15,2% das vítimas das várias formas de
violência. Crianças e adolescentes com idade até 14 anos são 24,5%.
Praticamente metade (49,9%) são mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 39
anos. As idosas, com 60 anos ou mais, correspondem 6,4% do total. Os autores
são majoritariamente homens: 86,6%.
Se esses números divulgados de forma clara não escandalizam mais nossa
sociedade algo extremamente grave está acontecendo.
Fontes para essa matéria: Portal do IPEA,
portal Vermelho e site G1
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