O Comitê
de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central (BC), se reuniu nesta
semana e decidiu manter os juros em 10,50% no Brasil. Uma decisão que não é boa
para a economia nacional.
Ainda
nesta semana, a CUT e as demais centrais protestaram em frente à sede do BC em
São Paulo, na Avenida Paulista, contra a política de juros altos. A
vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira e o Secretário-Geral nacional
da Central, Renato Zulatto, participaram do ato, com a presença de
trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias.
Juvandia
Moreira, que é bancária, tem criticado o boicote contra a economia do país,
praticado pelo Banco Central, e que impacta o crescimento da economia e
prejudica a geração de emprego digno.
“O BC
alega que a Selic precisa ser alta para conter a inflação, mas esta segue sob
controle e existem outros métodos para conter a inflação que não é esse, que
causa prejuízos para todo o país”, destacou Juvandia Moreira.
“Outra
coisa, quando Campos Neto alega também que essa queda no ritmo de redução da
Selic se dá por causa do aumento do emprego [porque o mercado aquecido,
supostamente é responsável pela inflação], acaba também entrando em
contradição, porque vai justamente na contramão de uma das missões do BC, que é
colaborar para que o Brasil alcance o pleno emprego”, completou a dirigente.
O economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Cavarzan, explica que a Selic tem
influência importante no desempenho econômico do país.
"Juros altos prejudicam o governo, com
aumento de custos no pagamento dos títulos da dívida pública, reduzindo
recursos para outras áreas importantes, como saúde e infraestrutura. A Selic
também influencia nos juros de todo o sistema financeiro, com isso, o crédito
fica mais caro para famílias e empresas, aumentando o endividamento e, ao mesmo
tempo, impedindo investimentos na economia real e, portanto, na criação de mais
empregos", resumiu.
Fonte:
site da CUT
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