sexta-feira, 21 de junho de 2024

CUT critica decisão do Copom em deixar taxa de juros do Brasil como uma das mais altas do mundo



O Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central (BC), se reuniu nesta semana e decidiu manter os juros em 10,50% no Brasil. Uma decisão que não é boa para a economia nacional.

 

Ainda nesta semana, a CUT e as demais centrais protestaram em frente à sede do BC em São Paulo, na Avenida Paulista, contra a política de juros altos. A vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira e o Secretário-Geral nacional da Central, Renato Zulatto, participaram do ato, com a presença de trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias. 

 

Juvandia Moreira, que é bancária, tem criticado o boicote contra a economia do país, praticado pelo Banco Central, e que impacta o crescimento da economia e prejudica a geração de emprego digno.

 

“O BC alega que a Selic precisa ser alta para conter a inflação, mas esta segue sob controle e existem outros métodos para conter a inflação que não é esse, que causa prejuízos para todo o país”, destacou Juvandia Moreira.

 

“Outra coisa, quando Campos Neto alega também que essa queda no ritmo de redução da Selic se dá por causa do aumento do emprego [porque o mercado aquecido, supostamente é responsável pela inflação], acaba também entrando em contradição, porque vai justamente na contramão de uma das missões do BC, que é colaborar para que o Brasil alcance o pleno emprego”, completou a dirigente.

 

O economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Cavarzan, explica que a Selic tem influência importante no desempenho econômico do país.

"Juros altos prejudicam o governo, com aumento de custos no pagamento dos títulos da dívida pública, reduzindo recursos para outras áreas importantes, como saúde e infraestrutura. A Selic também influencia nos juros de todo o sistema financeiro, com isso, o crédito fica mais caro para famílias e empresas, aumentando o endividamento e, ao mesmo tempo, impedindo investimentos na economia real e, portanto, na criação de mais empregos", resumiu.

Fonte: site da CUT

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