Um livro que com certeza ainda vai dar o que falar. Falamos do livro “Os Caatingueira” um romance histórico escrito por João Bosco de Sousa Rodrigues um escritor que vive em Crato e que carrega na bagagem ser parte da família Caatingueira e um amante da leitura e de bons autores nacionais e estrangeiros. Ele nos brinda com uma história que mistura os caminhos percorridos por sua família que sobreviveu à seca, aos acontecimentos políticos variados e se espalhou pelo mundo. O romance histórico nos leva à João Evangelista, avô de João Bosco que saiu do Sítio Caatingueira em Crato e foi para Santana do Cariri. Era conhecido por João Caatingueira devido ao local onde morou em Crato e em Santana do Cariri junto com sua esposa teve 17 filhos e se tornou um dos maiores criadores de ovelha do Nordeste.
Conversando com o jornal Leia Sempre Brasil João
Bosco falou ainda de como começou a ler, sua paixão por livros e por escritores
brasileiros como José de Alencar e Machado de Assis, as referências que tem na
literatura e disse ainda da importância da leitura para o ser humano. Ler é
aprender sobre o mundo, nos disse.
Abaixo uma pequena entrevista com João Bosco. O
Livro Os Caatingueira pode ser adquirido pelo whatsapp do escritor no (88) 99782.4084.
Uma boa leitura para todos e todas!!!
JOÃO BOSCO, COMO SURGIU ESSE SUA VOVAÇÃO PARA A
ESCRITA?
A minha vocação pela escrita surgiu logo que
aprendi a ler quando li o livro Tufão e então fui crescendo. Estudando no Colégio Estadual e passei a ler
mais livros escolares, romances, livros do José de Alencar, uma extraordinária
leitura, naquele estilo de escrever sobre os personagens que ele criou. Passei
a ler também livros de Machado de Assis, livros da literatura nacional e isso me
incentivou a ler. Passei a perguntar como seria escrever um livro e essa ideia
foi crescendo. Até que eu passei a escrever a história da minha família contada
por meus pais e tios. Memorizei essas histórias até escrever esse livro.
COMO VOCÊ DEFINE A CULTURA NO CARIRI?
Acredito e como sabemos o Cariri é rico em toda
a sua cultura. Nós somos o berço da cultura do nosso estado acredito. E em outras
artes além da literatura. É preciso apenas que as autoridades deem mais apoio
aos artistas anônimos incentivando a que cada vez mais os artistas deixem seu
nome na cultura. Somos o berço da cultura, acredito nisso. Temos muita gente
preparada na cultura do Cariri.
VOCÊ GOSTA MUITO DE LER? QUAL SUA LEITURA
PREFERIDA?
Gosto muito de ler. Despertei para ler desde
cedo. O que tinha dificuldade quando menino era a alfabetização. Mas assim que aprendi
a ler e escrever prometi a mim mesmo não parar de ler. A leitura faz a gente
ter compreensão das coisas, ter conhecimento dos fatos, é muito importante ler.
Uma pessoa sem leitura é uma pessoa muda e que não enxerga. E tem dificuldade
de viver no mundo. A leitura faz a gente
andar por todos os caminhos. E nesse andar da leitura aprendemos as lições das
coisas. É minha diversão. Li Os sertões, Amor de Perdição e muitos outros livros
da minha biblioteca. Mas a minha leitura preferida são os autores nacionais,
romances e gosto muito de José de Alencar.
COMO VOCÊ TEVE ESSA IDEIA DE ESCREVER O LIVRO
OS CAATINGUEIRA?
Essa história de escrever esse meu livro se deu
através das histórias de outros livros que fui lendo como Maria José Dupré com
o livro Os Rodriguez e As Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Diniz. A pessoa que gosta de ler como eu que passei a
gostar de escrever. Estou escrevendo agora o livro o mundo à minha volta. Tenho
ainda uns dez livros escritos para serem publicados, mas acredito que meu livro
de poesia será último a ser publicado.
COMO VOCE DEFINE SEU LIVRO?
Defino meu livro Os Caatingueira como um
romance histórico. Acredito eu, que sou suspeito se o livro é bom ou não isso
depende do leitor. Mas a partir do momento que você pega o livro e desperta a
curiosidade você vai ter que ler e reler pois é uma história divertida, uma história
da nossa região. Escrevi todo o passado da família, como as famílias da época
que sobreviveram às secas. Tinha as questões políticas e familiares. E tiveram
que se espalhar pelo mundo, por outros estados. Todo esse passado histórico da minha família
foi contado a meu irmão que mora em Santana do Cariri que estudava no Colégio Diocesano.
Ele não quis mais continuar na cidade e voltou pro Sertão, e então, ele andava
nas casas dos amigos e conhecidos que conheceram os Caatingueira e ele passava
para todos e para mim essas histórias. Eu trabalhei na Receita Federal e nos
finais de semana ia em busca de informações e fatos históricos da nossa
família. Aí escrevi. Gostaria que todos que quisessem ler e conhecer essa história,
pois como dizia o professor Plácido Cidade Nuvens que fez o prefácio do livro e
dizia que é muito importante publicarmos nossa história, como tantas outras
histórias de outras famílias e personagens que viveram naqueles tempos e
lutaram até chegar aqui.
Leia a edição do jornal Leia Sempre Brasil desta sexta-feira 31/5 com conteúdo especial falando da festa de Santo Antônio de Barbalha além de textos sobre cultura, cinema, livros, política, Brasil, Cariri, Ceará e conteúdo exclusivo!!!! Edição 217!!!!
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