“Temos um
protocolo que permite dar uma assistência mais rápida para quem mais precisa.
Pacientes classificados em ‘onda vermelha’ têm risco iminente de morte de mais
de 90%. Nesse caso, se não houvesse a agilidade no atendimento, essas vítimas
poderiam ter evoluído para óbito em poucos minutos”, explica a cirurgiã geral e
coordenadora do serviço de cirurgia do HRC, Cléa Roriz.
O protocolo
especializado é destinado ao atendimento a pacientes em condições clínicas
extremas. Ainda na emergência, o cirurgião-geral, responsável pela avaliação
primária e diagnóstico de hemorragia grave, emite o alerta sonoro, recebido em
setores estratégicos com centro cirúrgico, agência transfusional, laboratório e
imagem. Essas ações permitem a preparação imediata dos profissionais das
equipes médica e de enfermagem, além da transfusão de sangue e plasma. Cada
setor tem prazos pré-definidos e a entrada no centro cirúrgico e início da
anestesia e cirurgia deve ser em até 15 minutos.
Referência
no tratamento de vítimas de trauma, no eixo adulto, o protocolo do HRC tem
elevando a taxa de sobrevida desses pacientes em risco iminente de morte.
“Somos referência para 1,5 milhão de habitantes na região do Cariri em todos os
politraumas. Antes da implantação do protocolo, percebemos que havia a
necessidade de um atendimento mais ágil para aqueles pacientes que entravam em
estado gravíssimo na nossa unidade. O HRC é a única unidade da região que
possui uma equipe cirúrgica completa para tratar de qualquer trauma ou
politrauma que possa aparecer. Isso permite devolvermos o paciente para
sociedade de maneira mais rápida e segura”, complementou Cléa Roriz.
Protocolo de Trauma
O
atendimento ao politrauma no HRC funciona 24h por dia, sete dias por semana.
Atualmente, a unidade conta com uma equipe diária composta por cirurgião geral,
neurocirurgião, cirurgião vascular, ortopedista e bucomaxilofacial.
Além desse
protocolo especializado nesses casos, o HRC contra com outras rotas para
tratamento do trauma. “Quando um paciente entra na Emergência do HRC, ele é
inserido no protocolo de trauma, onde será classificado em rotas definidas pela
gravidade”, explicou Cléa. A “Onda Vermelha” é destinada para pacientes que
chegam na unidade em choque hipovolêmico, ou seja, que apresentam uma perda de
sangue em grande quantidade e necessitam de atendimento emergencial, que deve
ocorrer em até 15 minutos, devido ao risco de óbito iminente.
Para os
casos de trauma sem choque hipovolêmico, o paciente ingressa na Rotas 1 ou 2. O
protocolo desenvolvido para a Rota 1 é aplicado nas situações graves, porém com
estabilidade clínica, que não demandam o encaminhamento imediato ao centro
cirúrgico. Já a Rota 2 aplica-se a casos menos graves: o paciente chega
consciente e pode aguardar a reavaliação e realização de exames em um tempo
maior. “O objetivo do protocolo de trauma é seguir o princípio da equidade,
onde agilizamos e damos maior e mais rápido suporte para os pacientes mais
graves”, concluiu Cléa Roriz.
Texto e
Imagem: Cícero Dantas
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