As centrais
sindicais brasileiras deram o bom exemplo neste 8 de janeiro de 2024 um ano
após a tentativa de golpe de estado feita pelo bolsonarismo. Naquele 8 de
janeiro do ano passado milhares de bolsonaristas de forma organizada, planejada
e má intencionada quebraram prédios públicos em Brasília (DF) na tentativa
de dar um golpe de estado. Bolsonaro era o maior beneficiado dessa tal
tentativa de golpe que foi frustrada. Não teve golpe e passado um ano os que
bancaram essa farra, planejaram e tudo mais ainda não foram presos.
Neste 8/1
centrais sindicais soltaram uma nota publica conclamando todos para os atos em
defesa da democracia. Na nota fazem o convite e ressaltam a importância da
defesa da democracia brasileira. A nota é assinada por sindicalistas ligados e dirigentes
da CUT, CTB, UGT, Força
Sindical, NCST, CSB, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública,
Central do Servidor.
Abaixo a nota das centrais sindicais brasileiras.
Saudamos, neste 8 de
janeiro de 2024, a democracia. Lembrar sempre para que não se repita
O movimento sindical dos trabalhadores e
trabalhadoras repudia qualquer ato golpista e antidemocrático, como o fez em
janeiro de 2023. Associa-se às manifestações do dia 8/1/2024 em comemoração à
Democracia Inabalada que derrotou os arreganhos golpistas de 8/1/2023.
Vivemos um extenso e sólido período sob o regime
democrático no Brasil, marcado por eleições periódicas, pela plena
funcionalidade do Congresso Nacional, pela independência e harmonia entre os
poderes e pela liberdade de organização e atuação das entidades civis.
A escalada golpista que culminou com o ato criminoso
do dia 8/1/2023, organizada por traidores da pátria que não aceitaram o
resultado soberano das eleições, não conseguiu interromper este período, que se
estende desde o fim da ditadura militar, em 1985.
Cientes de que o Brasil tem desafios significativos à
frente, reconhecemos a necessidade de avançar na inclusão social, garantindo
acesso essencial à população mais vulnerável.
Precisamos avançar na geração de trabalho decente, na
geração de mais empregos, na reindustrialização do país, no acesso à saúde,
fortalecendo o SUS, e na garantia de acesso a todos os níveis da educação
pública de qualidade. E só podemos avançar através do esforço das instituições
democráticas.
Neste contexto, as entidades sindicais desempenham um
papel central, garantindo a valorização salarial dos trabalhadores e das
trabalhadoras, a conquista de direitos, condições de saúde e segurança nos
locais de trabalho, bem como em manifestações por um sistema econômico e social
que contemple a inserção do povo.
Desempenham também papel fundamental contra o
autoritarismo. Foi assim, no período mais duro da ditadura militar quando,
apesar das prisões, torturas, perseguições e intervenções, o movimento sindical
resistiu e lutou por liberdade e por igualdade.
Hoje, para que o país avance, precisamos garantir que
o caminho da democracia permaneça livre e seguro. Após quatro anos de um
governo que flertava abertamente com o autoritarismo, chegamos perto de um
golpe. Corremos o risco de ver a democracia, pela qual lutamos bravamente, ser
destruída. E isso nos ensina a ficar alertas e permanecer lutando
cotidianamente por sua manutenção.
O movimento sindical sempre esteve na linha de frente
da luta por um Brasil democrático. Por isso, convocamos a militância do
conjunto das centrais sindicais a participar das atividades e atos em defesa da
democracia neste 8 de janeiro de 2024.
São Paulo, 5 de janeiro de 2024
Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Roberto Tesch Auersvald, Presidente da NCST
(Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos
Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, Secretária-Geral da Intersindical
Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública, Central do
Servidor
Foto de Nelson Almeida/AFP
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