sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Repatriação de 998 fósseis da França marcada oficialmente em solenidade na URCA


 


Um dia histórico para a paleontologia e a ciência nacional, com a solenidade de apresentação dos 998 fósseis vindos da França, último 28 de dezembro. O material passa a integrar o acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, onde já se encontra atualmente, na cidade de Santana do Cariri. Alguns fósseis de plantas, um pterossauro, pássaros e insetos foram apresentados para a imprensa, autoridades e pesquisadores, durante a solenidade ocorrida no auditório do Geopark Araripe, em Crato.

 

O evento aconteceu com a participação de representantes de instituições nacionais e internacionais, como o Presidente da Rede Global de Geoparques, Nikolas Zouros, a partir da Grécia, Artur Sá, de Portugal, e o Professor Patrício Melo, presidente do Comitê Científico do Geopark Araripe. Também participaram, de forma virtual, o Ministro das Relações Exteriores e presidente do Instituto Guimarães Rosa, Antônio Nakata, o Ministro Conselheiro da Embaixada do Brasil na França, Eduardo Cançado de Oliveira.

 

Estiveram presentes no auditório, a Secretária de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará, Professora Sandra Monteiro, representando o Governo do Estado, o Secretário Nacional de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda, o Reitor da URCA, Professor Carlos Kleber de Oliveira, o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allysson Pinheiro, além da vice-reitora, Professora Socorro Vieira, o Prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil, o vice-prefeito de Santana do Cariri, João Paulo, e o Reitor da UFCA, Silvério Freitas, além da Professora Jeanne Sidrim, Presidente da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico do Cariri (FUDETEC).

 

O material representa um feito considerado inédito para a paleontologia brasileira, tendo em vista a quantidade de fósseis repatriados, cerca de 2,5 toneladas de material, o maior volume de fósseis já repatriados no Brasil, translado realizado através doo Governo do Ceará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece).

 

Novo Museu de Paleontologia




 

Na ocasião, o secretário Inácio Arruda, tendo em vista a relevância mundial do patrimônio fossilífero da Bacia do Araripe, anunciou a construção de um novo Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, para que possam ser abrigadas todas as peças do acervo que atualmente se encontram no equipamento. Para isso, já vem sendo avaliado um terreno para a edificação do novo espaço, em Santana do Cariri. O Museu foi criado pelo ex-reitor da URCA, período em que foi prefeito em Santana, Plácido Cidade Nuvens, posteriormente cedido para a URCA, atual administradora do equipamento.

 

 

Os fósseis repatriados são do período Cretáceo, datados de 90 a 110 milhões de anos pretéritos. O resgate desse material remete a um trabalho interinstitucional do Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) Embaixada do Brasil na França, diplomacia brasileira, Governo do Estado, através da Secitece, Universidade Regional do Cariri (URCA), Ministério Público Federal e Polícia Federal. O Governo do Ceará agradece especialmente à Embaixada do Brasil na França, que realizou um trabalho importante no intuito de resolver os trâmites necessários, para que esse material fosse encaminhado ao Brasil.

 

Para o diretor do Museu, a repatriação representa uma longa luta no contexto jurídico, da ciência e identitário, do patrimônio brasileiro, e é a maior repatriação com cerca de 2,5 toneladas de material bastante variado de vertebrados, invertebrados, plantas superiores e plantas inferiores, de uma qualidade excepcional de preservação. “É um momento de celebração, graças a pessoas e instituições”, comemora.

 

O material demorou cerca de uma década para retornar ao seu lugar de origem, a Bacia Sedimentar do Araripe, que também abriga o território do Geopark Araripe. O Reitor da URCA ressalta a importância do trabalho institucional desenvolvido para o resgate desse material, sobretudo do Governo do Estado, que possibilitou todo o translado do material e esteve acompanhando continuamente, juntamente com a Secretaria de Relações Internacionais. “Esse material tem uma grande importância para a ciência, a pesquisa, e estará à disposição para estudo, além de contar com a exposição para o público”, afirma. 

 

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