Projeto cientifico da área de linguagens e códigos da Escola de Ensino Médio e Profissional do Campo Filha da Luta Patativa do Assaré, em Canindé (CE) que tem como objetivo sensibilizar e refletir por meio das múltiplas linguagens, questões relativas a gênero e violência doméstica, buscando levar essas informações de maneira mais acessível, simples com intuito de ecoar pelos quatro cantos desse País, superando esses conflitos, alcançando o maior número de pessoas e possibilitando liberdade para as mulheres.
O conceito de violência contra a mulher não
significa uma simples oposição a violência contra os homens" Violência
contra a mulher pretende-se na realidade remeter as práticas de gênero e a
desproporcionalidade que elas estabelecem na relação de convívio, identidade e
sexualidade entre os sexos. Boa parte das violências físicas vem
acompanhada de violências moral e psicológica o que acaba coibindo as vítimas
de pedir ajuda para sair daquela situação, por isso que a lei Maria da Penha é
importante, pois além de ser uma lei criada para a proteção das mulheres é uma
lei incondicional, ou seja, pode ser denunciado por terceiros que perceberem a
violência/opressão sofrida pela vítima.
Adentrando a realidade das mulheres que vivem
no campo (zona rural), ainda é mais preocupante, tendo em vista o nível de
escolaridade é menor, as questões ligadas ao trabalho são mais deficitárias e
acesso à informação, o que dificulta mais que essa mulher que esteja
vivenciando uma situação de violência busque a libertação e livre-se dessa
situação. Essa é uma questão cultural, que vem passando de geração em geração,
onde a menina desde de criança é estimulada a brincar com bonecas, como também
a cuidar da casa e fazer comida. Dessa forma podemos destacar que tudo isso é
um ensaio para a vida adulta, onde ela está aprendendo a cuidar das crianças e
da casa principalmente do marido.
A importância do projeto tenho vez: quer dizer
que temos direitos conquistamos através de lutas ao decorrer dos anos, que vale
ressaltar que não foi o suficiente, mas que também foi um enorme avanço. Tenho
voz: pois por meio de diversas linguagens podemos nos expressar, o que sentimos
e o que pensamos, e onde queremos e devemos estar. Sou MULHER: por que somos
fortes viemos de lutas, somos de uma luta diária por direitos por igualdade e
acima de tudo por respeito.
O Projeto tenho vez, tenho voz, sou mulher, tem
a linguagem como instrumento de poder levar essa informação aos mais diversos
públicos com uma linguagem clara e acessível, quebrando o ciclo vicioso em que
as mulheres estão submetidas ao longo dos anos é de fundamental importância,
para podermos falar de direitos iguais, ou até mesmo sobre o poder de escolha
das mesmas sobre diversas questões e inclusive até o seu próprio corpo, ecoando
a mensagem sobre gênero e violência para as mulheres que residem na nossa
região, estado, pais, possibilitando a compreensão e reflexão sobre a temática,
e buscando quebrar o ciclo vicioso do patriarcado que até hoje aprisiona as
mulheres.
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